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A Câmara de São Roque do Pico celebrou o Dia Internacional do Voluntariado, 5 de dezembro, com um almoço para reconhecer os voluntários dos Centros de Convívio de Idosos do nosso conselho.
O almoço decorreu na sede da Filarmónica Liberdade do Cais do Pico e contou com a presença dos idosos e voluntários dos Centros de Convívio de todas as freguesias do nosso conselho e com alguns idosos da Santa Casa.
Ao almoço seguiu-se um momento de reconhecimento do trabalho dos voluntariados dos Centros de Convívio, sem os quais os centros não existiriam, com a entrega de uma pequena lembrança a cada voluntário.
Depois aconteceu um momento musical protagonizado pelos idosos de cada Centro de Convívio. A nostalgia do passado assumiu-se como o tema dominante das produções criativas dos nossos idosos ao nível do Natal e da família.
Os idosos do Centro de Convívio de Santo Amaro cantaram ao som das guitarras as suas “saudades do natal de antigamente: a família reunida cantando ao omnipotente, e a molha de Natal que nos sabia tão bem, talvez por ser cozinhada pela nossa Santa mãe”, os idosos recordaram, ainda, nesta bela melodia “aqueles Natais de outrora, com meus filhos no regaço, tal como Nossa Senhora”.
O Centro de Convívio de Santa Luzia foi representado pela Senhora Maria Teresa que leu um belo poema da sua autoria:
“As famílias deste mundo Que tenham muita alegria E um gosto profundo De paz e harmonia
Isto é uma saudação Neste tempo de Natal Que dê paz no coração Às famílias de Portugal
O meu menino Jesus O meu menino amado Protegei os nossos idosos Que estão desprezados
Nesta noite de Natal Em suave melodia Ouvimos o céu cantar Glória a Deus e a Maria
Os idosos de Santa Luzia A todos querem desejar Um santo natal E prospero ano novo”
Os idosos do Centro de Convívio da Prainha recitaram também um poema dedicado às avós de antigamente e aos seus aventais:
“O avental da avó servia de luva para retirar a frigideira do lume.
Era maravilhoso para enxugar as lágrimas dos netos e para limpar as carinhas sujas.
No galinheiro o avental servia para trazer os ovos e por vezes os pintainhos.
Quando chegavam estranhos servia o avental para proteger as crianças tímidas.
Quando estava frio a avó embrulhava-se nele para se aquecer.
Este bom velho avental fazia fole agitando por cima do forno de lenha.
Era ele que transportava as batatas e as achas secas para o lume.
Na horta ele servia de cesto para muitos produtos hortícolas.
Depois que as ervilhas tinham sido recolhidas era a vez das couves, no final da temporada era utilizado para colher as maçãs caídas da árvore.
Quando os visitantes chegavam de forma repentina era surpreendente ver a rapidez com que este velho avental podia tirar o pó dos móveis.
Na hora de servir as refeições e avó abanava o avental e os homens no campo sabiam que era hora de ir para a mesa.
A avó também o usava para pousar o bolo de maçã acabado de sair do forno para arrefecer na rua. Nos nossos dias já não se usa o avental com os usos da avó.
Vai demorar uns anos até que alguma invenção ou objeto possa substituir este bom avental.
Em memória das nossas avós contamos-vos esta história com saudade.”
Esta é uma iniciativa da Câmara de São Roque do Pico para dignificar a prática do voluntariado no nosso conselho e promover o envelhecimento ativo e o convívio entre gerações.
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