Com a chegada do final do mês de abril, encerrou-se o mês dedicado à sensibilização para a prevenção dos maus tratos infantis. A CPCJ de São Roque desenvolveu ao longo do mês várias atividades na qual se destacam a caminhada com na Avenida do Mar / Praceta dos Baleeiros, o convivo, em parceria com os grupo de catequese do concelho, no Jardim Municipal e ainda a colocação de laços azuis no exterior da Escola Básica e Secundária de São Roque do Pico pelos alunos do pré-escolar e do 1º ciclo. Mas porquê laços azuis?

Então a história começa aqui:

A Campanha do Laço Azul (Blue Ribbon) iniciou-se em 1989, na Virgínia, E.U.A. quando uma avó, Bonnie W.Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pessoas se questionassem”. A história que Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que se revelaram “curiosos”, foi trágica sobre os maus-tratos à sua neta, os mesmos maus tratos que já tinham morto o seu neto de forma brutal por agressão e espancamento feito pela mãe e o namorado.

E porquê azul?

Porque Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul, que simboliza a cor das lesões, servir-lhe-ia como um lembrete constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus-tratos. Esta campanha, que começou como uma homenagem desta avó ao neto, expandiu-se e, atualmente, muitos países usam as fitas azuis, durante o mês de abril, em memória daqueles que morreram como resultado de abuso infantil e como forma de apoiar as famílias e fortalecer as comunidades nos esforços necessários para prevenir o abuso infantil e a negligência. As fitas azuis correspondem a uma iniciativa de sensibilização e é uma oportunidade para nos lembrarmos da nossa responsabilidade coletiva e comunitária para a prevenção dos maus tratos.

A história de Bonnie Finney é a história de muitos avós e pais por esse mundo fora, que veem os seus netos e filhos serem maltratados com a complacência da sociedade que os rodeia. Todos temos a obrigação de denunciar os agressores e proteger qualquer criança que se encontre em situação de risco, não o fazendo, só estamos a ser tão cobardes e ignóbeis como os que praticam as agressões.

Maltratar uma criança indefesa é o maior ato de cobardia que um ser humano pode fazer sobre outro.

A Câmara Municipal de São Roque, como sempre, está de mãos dadas com todas estas iniciativas. Só com sensibilização, alertas e ações objetivas se pode construir uma sociedade proactiva e desperta para este problema, contribuindo assim para irradicação desta chaga social que é responsabilidade de todos nós.